O tiroteio numa universidade no centro de Praga, na República Checa, fez várias vítimas mortais e feridos e é uma das notícias que marca a atualidade internacional nas últimas horas.
O quê que sabemos nesta altura?
Desde logo que este é o incidente mais trágico em 30 anos, desde que a República Checa se tornou independente, em 1993, mas a pista de terrorismo está desde já afastada.
Este ataque fez 14 vítimas mortais e há ainda registo de 25 feridos. Destes, 10 encontram-se em estado considerado grave. Haverá seguramente novidades ao longo do dia, mas estamos naturalmente perante um grave episódio de violência.
E como é que tudo aconteceu?
Este tiroteio aconteceu na Faculdade de Letras de Praga, localizada perto de importantes locais turísticos da capital checa.
O atirador entrou no edifício armado, subiu ao quarto piso e foi a partir de ali que abriu fogo, atingindo vários colegas. Acabou por morrer depois de disparar sobre si próprio.
Mas já se sabe quem é o agressor? Havia algum sinal de que isto pudesse acontecer?
O agressor, David Kozak, tinha 24 anos. Estudava na Universidade de Praga. Em maio deste ano, ganhou um prémio por um trabalho para a licenciatura.
Parece tudo muito normal. Mas não havia nenhum indício de que isto pudesse acontecer?
Tudo aparentemente normal. Só que a investigação a este massacre detetou várias publicações nas redes sociais, nas quais este estudante dava a entender que estaria a planear o ataque.
Era proprietário legal de várias armas e, de acordo com a imprensa local, sofria de problemas psicológicos. Terá querido imitar outros acontecimentos semelhantes ocorridos noutros países. E sabe-se também agora que o aluno estava a ser procurado no momento do ataque.
Ou seja, a polícia já o procurava antes do ataque. Porquê?
Porque, antes deste massacre, o jovem terá assassinado o pai. O corpo foi encontrado numa localidade a 30 quilómetros de Praga. Este homem de 24 anos é considerado principal suspeito da morte do pai.
As autoridades perceberam que se tinha dirigido para a universidade e, de acordo com o chefe da polícia, foi feita uma primeira busca num dos edifícios da Faculdade de Letras, mas o autor do tiroteio estava num outro edifício e a as autoridades não o encontraram a tempo - apesar da rápida e musculada intervenção policial.
E reações? Um ataque deste género no centro da Europa não é comum...
Muito pouco comum. E sempre que acontece, remete-nos para situações que vimos, em Londres, Bruxelas, Madrid em ataques, esses sim, com inspiração terrorista. Não é foi esse o caso.
Seja como for, por cá, o Presidente da República enviou condolências ao homólogo checo, pelo que chamou de ataque hediondo.
O primeiro-ministro mostrou-se "profundamente chocado", enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros referiu-se a um "trágico e insensato ato de violência".
As mensagens de condolências e de solidariedade também surgiram da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do Presidente francês Emmanuel Macron e de muitos outros líderes europeus, incluindo o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca classificou este como um ato de violência sem sentido.
Este é um tema que vamos continuar a acompanhar aqui na informação da Renascença.