Rio quer privatizar TAP "o mais depressa possível". Costa defende que Estado "salvou" a companhia
13-01-2022 - 21:46
 • João Malheiro

O atual primeiro-ministro destacou que o Estado "salvou a TAP do buraco do senhor Neeleman" e que o plano de reestruturação apresentado pelo Governo "é claro e foi validado pela comissão europeia". Já Rui Rio voltou a defender que "a TAP não devia ter sido nacionalizada" e que "não é aceitável" a forma como a companhia aérea opera, em Portugal.

No debate entre António Costa e Rui Rio, esta quinta-feira, os líderes de PS e PSD trocaram visões opostas sobre a TAP.

O atual primeiro-ministro destacou que o Estado "salvou a TAP do buraco do senhor Neeleman" e que o plano de reestruturação apresentado pelo Governo "é claro e foi validado pela comissão europeia".

"Várias companhias mostraram interesse em adquirir capital da TAP", indicou, ainda.

Já Rui Rio voltou a defender que "a TAP não devia ter sido nacionalizada" e que "não é aceitável" a forma como a companhia aérea opera, em Portugal.

"Dizem que é bandeira, mas só serve aeroporto de Lisboa e não liga a nada. E serve de forma indecente. Um espanhol que faz ponte em Lisboa para ir a S. Franscisco paga 190 euros. O português que vá no mesmo voo paga 697 euros". apontou.

Rio promete, assim, voltar a "privatizar o mais depressa possível" a TAP e fazer um bom negócio para o Estado.

António Costa, e o presidente do PSD, Rui Rio, protagonizam esta quinta-feira o único debate a dois antes das legislativas de 30 de janeiro, que está a ser transmitido pelas três televisões generalistas.

Há dois anos, na pré-campanha para as legislativas de 6 de outubro de 2019, os líderes dos dois maiores partidos tiveram um debate semelhante, organizado e transmitido por RTP, SIC e TVI (visto por 2,66 milhões de portugueses), e protagonizaram também um confronto radiofónico, transmitido pela Antena 1, Rádio Renascença e TSF.

O ‘chumbo’ do Orçamento do Estado para 2022 levou à marcação de eleições antecipadas para 30 de janeiro, encurtando em quase dois anos a legislatura.