Confrontos com militares já mataram 11 civis no Sudão
01-07-2019 - 17:00
 • Renascença

Há ainda a registar mais de 200 feridos entre manifestantes. Os militares culpam os organizadores dos protestos, que exigem eleições para um Governo civil.

Pelo menos 11 pessoas já morreram no Sudão, na sequência de confrontos com militares que recomeçaram no domingo.

Dezenas de milhares de manifestantes foram para as ruas domingo e segunda exigir um Governo civil e o fim do regime militar.

A queda em abril de Omar al-Bashir, que liderou o país durante décadas, ainda alimentou a ideia de que seriam marcadas eleições, mas os militares que asseguraram o poder no imediato anunciaram um período de transição de dois anos, um prazo que os manifestantes consideram inaceitável.

Os militares avisaram a população para não participar na manifestação de domingo que acabou por ser duramente reprimida.

Um ativista, contactado pela Associated Press, informou que três corpos foram encontrados esta segunda-feira e um homem ferido morreu a caminho do hospital, somando-se assim aos sete mortos registados no domingo.

Os confrontos de domingo deixaram ainda 200 feridos, 27 dos quais baleados.

As autoridades culpam os organizadores das marchas e dizem que os manifestantes lhes lançaram pedras. O general Gamal Omar diz que em todo o país foram feridos 12 elementos das forças de segurança.