Pelo menos 11 pessoas já morreram no Sudão, na sequência de confrontos com militares que recomeçaram no domingo.
Dezenas de milhares de manifestantes foram para as ruas domingo e segunda exigir um Governo civil e o fim do regime militar.
A queda em abril de Omar al-Bashir, que liderou o país durante décadas, ainda alimentou a ideia de que seriam marcadas eleições, mas os militares que asseguraram o poder no imediato anunciaram um período de transição de dois anos, um prazo que os manifestantes consideram inaceitável.
Os militares avisaram a população para não participar na manifestação de domingo que acabou por ser duramente reprimida.
Um ativista, contactado pela Associated Press, informou que três corpos foram encontrados esta segunda-feira e um homem ferido morreu a caminho do hospital, somando-se assim aos sete mortos registados no domingo.
Os confrontos de domingo deixaram ainda 200 feridos, 27 dos quais baleados.
As autoridades culpam os organizadores das marchas e dizem que os manifestantes lhes lançaram pedras. O general Gamal Omar diz que em todo o país foram feridos 12 elementos das forças de segurança.