A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) marcou para o dia 17 de abril uma manifestação de professores em frente ao Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.
O local foi escolhido por ser a sede da presidência portuguesa da União Europeia. Além disso, é muito grande, onde será possível cumpridas as regras de distanciamento e outras que estejam em vigor no âmbito da pandemia de Covid-19.
“O espaço é muito grande. O limite é o rio, mas em frente há muito espaço. Nós, com todas as normas que estiverem em vigor na altura – distanciamento, máscaras, tudo isso – convocamos os professores e os educadores para, com a sua insatisfação, a sua indignação, o seu protesto e sobretudo a sua exigência, estarem na rua nesse dia”, apelou nesta sexta-feira o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.
Numa conferência de imprensa digital, o sindicalista disse querer, assim, exigir ao Governo diálogo e negociação sobre várias matérias que não têm tido resposta por parte do ministro da Educação.
A Fenprof espera, pois, que cada escola ou agrupamento se fala representar na manifestação – ou seja, cerca de 800 pessoas.
Vacinas para todos
Na conferência de imprensa desta manhã, Mário Nogueira exigiu mais uma vez ao Governo que divulgasse as escolas onde há casos positivos de Covid-19 e denunciou a existência de vários funcionários a ficar de fora das vacinas e dos testes.
“É preciso não esquecer que os alunos nas escolas não são só os professores e os trabalhadores não docentes. Há a questão do apoio à família no pré-escolar. E estes – muitos são professores, outros não são, mas estão a trabalhar com os alunos – não estão em muitas escolas a ser chamados nem para testes nem para vacinas”, apontou.
Sobre a vacinação nas escolas, que começa no final deste mês, Mário Nogueira diz não ter recebido qualquer informação sobre o processo, mas sabe que os professores querem ser vacinados e não mostram resistência à vacina da AstraZeneca.
“Conheço muitas pessoas, a começar no primeiro-ministro, mas outras amigas, familiares que já foram vacinadas com a AstraZeneca e não tiveram problema nenhum. O que nós temos visto é os professores a quererem que a vacina seja administrada”, garantiu.
Os professores começam a ser vacinados no fim de semana de 27 e 28 de março.