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Oficialmente o Reino Unido tem oito mil casos positivos de Coronavírus, mas os números reais podem ser muito maiores.
Uns apontam para quase meio milhão de pessoas, mas um estudo da Universidade de Oxford revelado esta quarta-feira diz mesmo que metade da população, de 67 milhões de pessoas, pode já estar infetada. Estes dados, contudo, carecem de base científica e são baseadas apenas em cenários hipotéticos. O próprio estudo ainda não foi publicado na literatura científica.
Contudo, neste momento a grande maioria das pessoas que apresenta sintomas não é testada e fica em casa a recuperar e mesmo alguns que chegam a ir ao hospital, com sintomas evidentes, não são testados por falta de testes mas também por falta de condições para fazê-lo numa larga escala.
A importância de testar tem sido destacada no combate à propagação da epidemia e isso pode ser mais fácil em breve. Isto porque de acordo com uma diretora do departamento de Saúde Pública, Sharon Peacock, o Reino Unido vai poder começar a testar em massa a partir da próxima semana de uma forma prática, rápida e caseira.
Os novos testes dão os resultados em 15 minutos e vão permitir detetar quem está infetado ou já teve o vírus. Com uma pequena picada num dedo será retirada uma amostra de sangue que será analisada pelo dispositivo, semelhante aos utilizados num teste de gravidez, e que vai confirmar, ou não, a presença de anticorpos que são criados pelo corpo quando está a reagir ao vírus. Os resultados devem ser evidentes, mas podem precisar de uma interpretação médica nalguns casos.
O Reino Unido encomendou já vários milhões destes testes, que vão ser inicialmente distribuídos pela Amazon começando por aqueles que já estejam isolados por precaução. Os testes estarão depois também disponíveis para venda nas farmácias, por um valor que ainda não foi divulgado.
Neste momento, no Reino Unido, quem apresentar sintomas como tosse ou febre deve ficar 14 dias em quarentena por precaução, mas com o teste a dúvida será resolvida mais rápido e permitirá, por exemplo, testar facilmente profissionais de saúde que podem assim voltar ao trabalho mais depressa.
Há, ainda assim, um pequeno pormenor por resolver: os próprios testes vão ainda ser testados esta semana antes de poderem distribuídos.