A programação do Coliseu do Porto para 2023 inclui 150 espetáculos, entre concertos, bailados, teatro, ópera, dança, comédia ou espetáculos infantojuvenis e pretende “dar continuidade às linhas programáticas fundamentais da intervenção” daquela casa de espetáculos.
Em comunicado, o Coliseu do Porto salientou a estreia em Portugal da companhia de circo contemporâneo Les 7 Doigts de la Main, o regresso da Companhia Nacional de Bailado (CNB) e produções nacionais líricas e sinfónicas, várias em estreia absoluta, num total de 13 espetáculos entre ópera encenada, concertos sinfónicos e coral-sinfónicos, bailados com música ao vivo, teatro musical lírico e ópera eletroacústica e ainda um festival de ópera.
“Formulámos para este ano um desejo firme: dar continuidade às linhas programáticas fundamentais da intervenção do Coliseu no tecido cultural e à qualidade do acolhimento das diversas comunidades de públicos e, simultaneamente, afirmar o lançamento de projetos inovadores, cimentando esta relação com as áreas artísticas essenciais dessa missão e incrementando a sua presença ao longo do calendário”, sublinhou no texto a presidente do Coliseu Porto Ageas, Mónica Guerreiro.
O Coliseu destaca a apresentação de “Na Colónia Penal”, de Philip Glass, por Martim Sousa Tavares (25 de outubro), “Requiem”, de Frigyes Hidas, (28 de março), uma estreia nacional a cargo da Banda Sinfónica Portuguesa, e de “Cármen”, de Georges Bizet (22 de setembro), numa encomenda da sala portuense à Ópera na Academia e na Cidade dirigida pelo maestro Ferreira Lobo.
A 22 junho, o Coliseu do Porto apresenta a estreia de “Ópera Real”, primeira ópera integralmente produzida pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), com libreto de Jorge Louraço Figueira e música de Telmo Marques, Eugénio Amorim, Carlos Azevedo e Dimitris Andropoulos.
No dia 28 de novembro, a sala da Rua Passos Manuel acolhe a estreia absoluta de “It’s not over until the soprano dies”, da mala voadora com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, em que a companhia dirigida por Jorge Andrade e José Capela procura “recriar os finais de óperas em que as personagens femininas morrem sempre”.
Na área da dança, destaca-se “A Sagração da Primavera” (27 de janeiro), de Stravinsky, pela Vortice Dance Company, e o regresso da CNB ao Porto, com “Symphony of Sorrows”, de Miguel Ramalho, com música de Henryk Górecki, e “Cantata”, de Mauro Bigonzetti.
Na linha da continuidade, regressa o ciclo Concertos Promenade 2.0. que, com direção artística do maestro Cesário Costa, inclui obras como "As Quatro Estações", de Vivaldi, ou "A Minha Mãe Ganso", de Maurice Ravel, entre outros momentos.
No Circo, destaca-se a estreia nacional da companhia de circo contemporâneo Les 7 Doigts de la Main, em 11 de fevereiro, e o Circo de Natal do Coliseu Porto Ageas, em dezembro.
Concertos de artistas nacionais como Xutos e Pontapés, Jorge Palma, Aurea, Valete, Pedro Abrunhosa e os Canto Nono, com uma homenagem a José Mário Branco, e internacionais como The Waterboys, Meute, Martinho da Vila, Orochi, Ana Carolina ou Emicida, entre outros, vão igualmente marcar o ano de 2023 naquela sala de espetáculos.
Em 2023, salienta o texto, será ainda atribuído o Prémio Jovens Artistas Coliseu Porto Ageas a um profissional da Dança, sendo elegíveis intérpretes, coreógrafos, cenógrafos, produtores, programadores, entre outros – que tenham completado até 30 anos de idade, na data da atribuição, a 19 de dezembro.