Veja também:
- Sondagem das Sondagens
- Campanha ao minuto
- Fact Check: Emigrantes que não se inscreveram em janeiro não podem votar?
- Entre "likes" e "bots", há uma estratégia política. Como os partidos usam as redes sociais
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, incitou esta quinta-feira os "justamente desiludidos" entre a sociedade portuguesa a confiar na CDU o voto nas eleições legislativas de domingo, invocando a "seriedade e coerência" da força política.
Num comício no Seixal com cerca de 800 pessoas presentes, apesar do mau tempo que se fazia sentir, com o vento e a chuva a agitarem no exterior a tenda gigante, o líder comunista lembrou a necessidade de conseguir cativar os indecisos para a escolha da Coligação Democrática Unitária (CDU, que junta PCP e PEV).
"Ainda há muita gente indecisa com a qual temos de conversar. Cada um terá as suas razões, mas arrisco dizer que está presente nessa indecisão a justa desilusão com anos de promessas não cumpridas", admitiu Paulo Raimundo.
E, enfatizando a diferença da "força que faz o que diz e que diz o que faz", salientou: "Para aqueles que estão desiludidos, confiem na palavra, na seriedade e na coerência da CDU".
O líder comunista voltou a dramatizar o apelo ao voto a cerca de 24 horas do encerramento da campanha eleitoral, ao recordar que "mais força, mais votos e mais deputados" da CDU serão sinónimo da adoção de medidas "que servem os trabalhadores", invocando uma vez mais a redução do valor do passe intermodal durante o período da "geringonça" (2015-2019).
"É a CDU a força de protesto e a força que tem as respostas que servem para resolver os problemas. E quando cada um chegar à cabine de voto, se refletir sem preconceitos e pensar por si, liberto da operação de condicionamento que a toda a hora nos entra pelos olhos adentro, então o seu voto será para si, o seu voto só poderá ser na CDU", reiterou.
Suportando as propostas do PCP no espírito do 25 de Abril, Paulo Raimundo lembrou as conquistas e os princípios que considera ainda estarem por concretizar na sua plenitude, numa intervenção na qual voltou a contar com a companhia dos principais candidatos da CDU pelo distrito de Setúbal, nomeadamente os três primeiros nomes da lista: Paula Santos, Bruno Dias e Heloísa Apolónia.
"O mínimo que propomos é que se cumpra o máximo de Abril. É pedir muito? Não", observou o secretário-geral do PCP, reforçando: "Aqui está a CDU, o porto seguro dos democratas. A força que nunca desertou nem nunca vai desertar".
A CDU encerra esta sexta-feira a campanha no norte do país, com duas iniciativas no distrito do Porto durante o dia e o último comício no distrito de Braga, tal como ocorreu em 2022.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.