Os Estados Unidos prolongaram por mais 90 dias a “licença geral temporária”, que terminava esta segunda-feira, o que permite à empresa adquirir produtos norte-americanos, nomeadamente o sistema operativo da Google, e satisfazer os clientes atuais.
O anúncio foi feito pelo secretário do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, citado pela Fox Business Network. Além do prolongamento do prazo, mais 46 filiais da Huawei foram adicionadas à chamada lista negra económica.
Com esta medida, a gigante chinesa ganhou tempo, mas o futuro continua incerto. Por isso, o Governo chinês lembrou esta segunda-feira ao Presidente norte-americano que “o mundo está a assistir” e exigiu que cumpra com a palavra dada no Japão, no encontro entre os presidentes dos dois países, onde Donald Trump assumiu permitir as vendas de norte-americanos à Huawei.
Voltar atrás afetaria a "reputação e credibilidade" de Washington, defende o Governo de Pequim.
O porta-voz considerou que uma quebra daquele compromisso afetaria a “reputação e credibilidade” de Washington.
Donald Trump afirmou, no domingo, que “não quer fazer negócios com a Huawei”, que considera ser uma ameaça para a segurança nacional.
Fica a dúvida, se estes 90 dias são mais uma medida temporária ou se o Presidente vai efetivar as restrições à gigante chinesa de telecomunicações, que depende de semicondutores fabricados nos Estados Unidos e do sistema operacional Android, da Google.