"Armas, armas e armas." Ucrânia pede à NATO mais armamento para salvar vidas
07-04-2022 - 08:35
 • João Cunha

Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano pede aos aliados que "ponham de lado as suas hesitações e relutâncias".

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O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros vai pedir aos Ministros dos Negócios Estrangeiro da NATO, esta quinta-feira, mais armamento para resistir às tropas russas.

À chegada para o segundo dia de cimeira no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, Dmytro Kuleba revelou que a agenda para este encontro é simples: "Há apenas três pontos: armas, armas e armas".

"Quantas mais armas tivermos e quanto mais cedo chegarem à Ucrânia, mais vidas serão salvas, menos cidades e vilas serão destruídas, e não haverá mais Buchas. Esta é a minha mensagem para os aliados, a quem peço que ponham de lado as suas hesitações e relutâncias e providenciem à Ucrânia tudo o que necessita", afirmou.

Portugal está representado, nesta cimeira, pelo novo chefe da diplomacia, João Gomes Cravinho.

O secretário-geral da NATO admitiu na quarta-feira que a Ucrânia precisa urgentemente de mais apoio militar e disse esperar que os Aliados, reunidos em Bruxelas ao nível de chefes da diplomacia, concordem em fornecer “muitos tipos diferentes de equipamento”.

“A Ucrânia tem uma necessidade urgente de apoio militar, e essa é a razão pela qual é tão importante que os Aliados concordem em apoiar ainda mais a Ucrânia com muitos tipos diferentes de equipamento, tanto equipamento mais pesado, como também sistemas de armas ligeiros”, disse Jens Stoltenberg.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis e feriu 2.213, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.