A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior assegura que está a lidar “muito bem” com a polémica em que se viu envolvida, por causa da sua participação numa empresa de investigação e de fundos, alegadamente, atribuídos ao seu marido.
“Estou muito bem. Eu própria pedi para falar com os jornalistas porque estava a ficar desconfortável com a mentira que se estava a desenvolver”, disse a ministra à Renascença, esta segunda-feira, à margem da cerimónia solene de abertura do ano académico 2022/2023, no Instituto Politécnico de Portalegre.
Na última sexta-feira, a ministra quis defender-se das acusações de incompatibilidades, garantindo ter deixado a empresa de investigação NTPE, algumas semanas antes de ter assumido o Ministério do Ensino Superior.
“Desde o dia 18 de março que não faço parte dessa empresa. Houve uma transmissão de quota para o meu marido", assegurou Elvira Fortunato, reiterando ter tratado “dessas coisas no tempo correto, só que essa informação só aparece posteriormente”.
Na mesma ocasião, a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior também rejeitou qualquer incompatibilidade na alegada atribuição de fundos ao marido.
"Nunca houve interferência do ministério nos processos que a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) faz”, sublinhando a "fundação é autónoma”.
Ao fim da manhã desta segunda-feira, em Portalegre, sem querer prolongar por mais tempo este assunto, a ministra afirmou que “a verdade não tem medo, nem se esconde”, por isso é “exatamente o que eu faço”, remetendo para o exercício pleno do seu cargo enquanto governante.