A Comissão Europeia lançou na segunda-feira uma plataforma online que ajudará os refugiados ucranianos a encontrar um emprego na União Europeia. Bruxelas também defende que a diretiva sobre proteção temporária de que beneficiam os que fogem da guerra na Ucrânia permaneça ativada até março de 2024.
Os refugiados que procuram trabalho e beneficiam do estatuto de proteção temporário da UE poderão inscrever-se e deixar o CV na plataforma digital em inglês, ucraniano e russo. A plataforma está disponível através do portal de ofertas de emprego EURES, gerida pela Autoridade Europeia do Trabalho.
Os perfis destas pessoas ficam assim acessíveis a cerca de quatro mil empregadores, serviços públicos e agências de emprego que estejam eventualmente interessados nos CVs. Cinco Estados-membros já se juntaram ao projeto, incluíndo a Polónia onde chegou a maior parte dos refugiados ucranianos.
"Isto marca outro passo concreto no nosso esforço para integrar as pessoas deslocadas da Ucrânia para o marcado laboral europeu. Demonstra a nossa contínua solidariedade com a Ucrânia. Não apenas em palavras, mas com ações", afirmou o comissário do Emprego e Direitos Sociais, Nicolas Schmit, durante o anúncio da iniciativa, esta manhã. "Esperamos que o projeto piloto de reserva de talentos que estamos a lançar hoje acelere o processo de encontrar empregos na UE".
A Comissão também defendeu o alargamento da vigência da diretiva sobre proteção temporária, ativada pela primeira vez aquando do início da invasão russa. A diretiva dá proteção, acesso a trabalho, cuidados de saúde, habitação e educação aos milhões de ucranianos que atravessaram fronteiras e entraram na UE.
"4,2 milhões de ucranianos estão atualmente sob proteção desta diretiva. Esta dá apoio à habitação, cuidados de saúde, acesso à educação e direito ao mercado de trabalho da União Europeia. Queria anunciar hoje que a diretiva sobre proteção temporária vai continuar ativa pelo menos até março de 2024", afirmou a comissária dos Assuntos Internos, Ylva Johansson.