ONU apela a uma trégua imediata em Mariupol para retirar civis
24-04-2022 - 13:02
 • Lusa

Kiev indicou que as forças russas continuam a bombardear esta cidade no Mar de Azov e, em particular, a siderúrgica Azovstal.

A ONU apelou a uma trégua imediata em Mariupol, para permitir a retirada dos cerca de 100 mil civis ainda encurralados nesta cidade portuária ucraniana, quase totalmente controlada pelo exército russo.

"É preciso fazer uma pausa imediata nos combates para salvar vidas. Quanto mais esperarmos, mais vidas estarão em risco. Eles devem ser autorizados a sair agora, hoje. Amanhã será tarde demais", afirmou o coordenador da Organização das Nações Unidas (ONU) na Ucrânia, Amin Awad, num comunicado.

Kiev indicou que as forças russas continuam a bombardear esta cidade no Mar de Azov e, em particular, a siderúrgica Azovstal, a última bolsa de resistência dos combatentes ucranianos naquela zona.

Zelensky fala em esperança

O Presidente da Ucrânia falou hoje de esperança e vitória para sua nação, durante um discurso no domingo de Páscoa da Igreja Ortodoxa. "O grande feriado de hoje dá-nos grande esperança e fé inabalável de que a luz vencerá as trevas, o bem vencerá o mal, a vida vencerá a morte e, portanto, a Ucrânia certamente vencerá", apontou numa intervenção a partir da Catedral de Santa Sofia, em Kiev.

Segundo a avança a Associated Press (AP), Volodymyr Zelensky salientou que “o Senhor e a santa luz celestial” estão do lado dos ucranianos.

"Estamos a passar por provações muito difíceis. Vamos chegar a um fim justo neste caminho - o início de uma vida feliz e prosperidade da Ucrânia", acrescentou.

Zelensky disse ainda que, na Páscoa, os ucranianos pedem a Deus a “grande graça" de tornar o sonho realidade e que esse será outro grande dia, o dia em que a paz chegará à Ucrânia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).