O Secretário Geral do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação Civil (SITAVA) considera que a solução proposta, este domingo, pela TAP de aumento de capital da Groundforce em quase sete milhões de euros é a única que pode resolver o impasse negocial em poucos dias.
José Sousa tem "plena convicção" de que isso aconteçará e frisa que isso só depende da vontade do dono da Pasogal, Alfredo Casimiro.
A TAP propôs a injeção de 6,97 milhões de euros na forma de aumento da capital e não como adiantamento à empresa de "handling". A TAP SPGS tem 49,90% do capital da Groundforce e a Pasogal, 50,10. Um aumento de capital poderia ter como consequência que a companhia aérea nacional passava de acionista minoritário a maioritário.
"Está nas mãos de Alfredo Casimiro perder poder na empresa ou não. Basta que acompanhe a proposta do minoritário e, então, a empresa fica dotada de meios para resolver o problema, até que comece a operação aérea e, então sim, a empresa volta a ter receitas", argumenta José Sousa, em declarações à Renascença.
TAP como acionista maioritário tem vantagens
Ter a TAP como acionista maioritário da TAP não é algo que desagrade ao sindicalista: "Teria mais garantias de estabilidade e obviamente da prestação de melhor serviço. Também é do interesse da companhia aérea a que o serviço de 'handling' seja o mais pessoalizado possível, de forma a captar mais passageiros."
Entretanto, na sexta-feira, a empresa pagou cerca de 500 euros a cada trabalhador por conta do salário do mês de fevereiro.
Para José Sousa, isso faz com que a empresa não esteja em incumprimento em relação aos apoios que recebe do Estado para apoio à retoma progressiva. Mostra, isso sim, que tem uma intenção clara de pagar. Ainda assim, o secretário-geral do SITAVA considera que a última palavra é da Autoridade para as Condições de Trabalho.