O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) marcou uma greve nacional e concentrações para quarta-feira, perante a ausência de qualquer calendário negocial ou proposta para responder às reivindicações do setor na reunião com a ministra da Justiça na semana passada.
"Em todas as outras áreas, nas reuniões com outros ministros, houve uma calendarização e só no nosso caso não houve absolutamente nada. Portanto, vamos seguir a recomendação do Presidente da República e não deixar cair a causa", disse à Lusa o presidente do SFJ, António Marçal, sobre a justificação da greve agendada para dia 24.
À greve nacional juntam-se concentrações nesse mesmo dia à porta dos tribunais, entre as 8h30 e as 11h00, no Porto e em Lisboa, frente ao Campus de Justiça.
Para 7 de maio está já também marcada uma concentração frente ao Ministério da Justiça, no Terreiro do Paço, em Lisboa, de delegados sindicais, entre as 8h30 e as 14h00.
"Se não houver resposta por parte do Governo iremos intensificar a luta", garantiu António Marçal, que já à saída da reunião com a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, na passada semana, tinha afirmado que as greves nos tribunais "estão para ficar", após um encontro sem qualquer resultado face às expectativas dos sindicatos.
"Parece que mudou o Governo, mas se mantém a atitude", criticou o presidente do SFJ.