O Presidente da República fugiu esta quarta-feira à questão se Portugal tem estabilidade política.
Questionado pelos jornalistas, numa conferência de imprensa conjunta com a presidente do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, a resposta do Presidente surgiu algo ao lado.
Marcelo Rebelo de Sousa garantiu, no entanto, que seja qual seja o Governo ou o primeiro-ministro, Portugal é um país europeísta.
“Portugal é europeu, ia continuar europeu não dependia de Presidente, de primeiro-ministro, de governos. Havia dúvidas sobre o novo ciclo da vida política. Não houve dúvidas nenhumas. Não há dúvidas nenhumas hoje, não haverá dúvidas no futuro”, disse.
Roberta Metsola convidada para Conselho de Estado em junho
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou ter convidado a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, para participar numa reunião do Conselho de Estado, salientando a necessidade de combater o populismo na União Europeia (UE).
“Estamos muito contentes por a ter connosco em Portugal em junho, [...] sendo uma convidada de honra no Conselho de Estado”, anunciou o chefe de Estado português.
“Apenas poucas personalidades vieram do estrangeiro para partilhar a sua experiência, sendo tão jovem”, destacou Marcelo Rebelo de Sousa, falando numa “oportunidade única para Portugal e para os portugueses”.
Esta posição do chefe de Estado português foi transmitida em conferência de imprensa após uma reunião bilateral com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, antes de Marcelo Rebelo de Sousa se dirigir aos eurodeputados num discurso no hemiciclo europeu sobre a sua visão relativa aos desafios da Europa.
Na ocasião, o chefe de Estado português vincou que “a única forma de lutar contra o populismo é estar lá e abordar os problemas das pessoas, para não haver espaços em branco que possam ser preenchidos com qualquer outra coisa”.
Por essa razão, “não podemos tomar [a Europa] como garantida, é preciso trabalhar todos os dias, e é esse que está a fazer”, adiantou, dirigindo-se a Roberta Metsola.
UE só ganha o futuro com uma visão longínqua
O Presidente da República defendeu, em Estrasburgo, que a União Europeia (UE) só “ganha o futuro vendo a médio e longo prazo” e considerou imprescindível a mudança geracional para vencer os populismos.
Perante os eurodeputados, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “o tempo urge e a Europa não pode perder tempo” para fazer cumprir os desígnios da UE.
O Parlamento Europeu (PE) “não pode ficar apenas pelas ideias abstratas, um ou outro grupo de trabalho, deleitando-se com debates de pormenores institucionais que não dizem nada ao dia-a-dia dos europeus”.
“Só se ganha o futuro vendo a médio e longo prazo”, alertou o Presidente da República.