O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que uma crise politica é "indesejável", em especial, uma crise política decorrente de futuras negociações sobre o orçamento do Estado de 2019.
"Crise política é indesejável e crise política decorrente ou envolvendo o orçamento do Estado é duplamente indesejável para todos", disse o Presidente da República, esta quarta-feira, à margem de uma visita a Santa Maria da Feira.
"É certo que os debates prévios sobre os sucessivos programas de estabilidade e orçamentos têm, ano após ano, grande intensidade e que o do orçamento para 2019, que é um ano eleitoral - tinha já prevenido há meses iria ser ainda mais intenso", relembrou Marcelo Rebelo de Sousa.
Em jeito de aviso à coligação que sustenta o governo liderado por António Costa, o Presidente da República apelou aos deveres de consciência de todos os envolvidos nas negociações para que o prazo de entrada em vigor do orçamento do próximo seja cumprido.
"Tenho, porém, a certeza de que todos os intervenientes estão conscientes de que não faz sentido que o processo prive Portugal de ter o orçamento aprovado em termos de entrada em vigor a 1 de janeiro de 2019", sublinhou.
O Presidente da República acrescentou ainda que considera que "a normal conclusão da legislatura como muito importante para o país", sublinhando que "prefere não ter de intervir na sequência da votação do orçamento, a não ser para o promulgar".