Benjamin Netanyahu está cada vez mais perto de ser reeleito primeiro-ministro de Israel. Apesar de ter empatado com o principal rival, Benny Gantz, a soma dos votos dos partidos de direita é suficiente para obter uma maioria absoluta no parlamento e garantir o quinto mandato a Netanyahu.
Durante a campanha, Netanyahu manteve uma espécie de “bromance” com a direita parlamentar e quase todos os partidos de direita assumiram que recomendariam ao Presidente que nomeasse Netanyahu para formar uma coligação governativa.
Com 97% dos votos contados, os partidos de direita já garantiram 65 dos 120 lugares no parlamento. Desses, 35 pertencem ao Likud, o partido de direita liderado por Netanyahu. O mesmo número de lugares obteve a coligação centrista Azul e Branco, de Benny Gantz, ex-chefe do Estado-Maior israelita.
Ambos os líderes fizeram discursos de vitória após o fecho das urnas.
O novo Governo israelita apenas deverá entrar em funções dentro de várias semanas, após um período de consultas e de procedimentos.
No dia 17 de abril, a comissão eleitoral deverá publicar os resultados preliminares após a contagem da maioria de votos.
Na análise de António Tanger Corrêa, antigo embaixador de Portugal em Telavive, este resultado é mais uma machadada no já de si complicado processo de paz no Médio Oriente.
Netanyahu “foi a extremos nos últimos dias da campanha, dizendo que iria anexar partes da Cisjordânia. Não me parece que alguém que ganhe eleições com posições mais extremadas vá depois, a seguir às eleições, inverter quase a 180 graus as posições que assumiu. Portanto, não me parece que as tensões venham a diminuir, quer em Israel quer na área grande do Médio Oriente”, afirma à Renascença.