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O primeiro-ministro húngaro anunciou esta segunda-feira um confinamento parcial no país a partir de quarta-feira com recolher obrigatório entre as 20:00 e as 05:00 para tentar conter o aumento de novos casos de Covid-19.
Numa mensagem de vídeo divulgada hoje na sua página do Facebook, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, anunciou um recolher obrigatório entre as 20:00 e as 05:00, o encerramento de restaurantes, a proibição de reuniões e o cancelamento de eventos culturais e recreativos.
Os eventos desportivos são mantidos, mas serão realizados à porta fechada.
Na educação, creches e escolas permanecerão abertas, mas nos estabelecimentos escolares de ensino secundário e universidades as aulas serão dadas remotamente.
Estas medidas, que ainda precisam ser aprovadas pelo Parlamento na terça-feira, devem ser postas em prática por um período mínimo de 30 dias.
A Hungria, que tem pouco menos de 10 milhões de habitantes, registou quase 2.500 mortes pelo novo coronavírus e quase 115.000 casos de infeções desde o início da pandemia, com um aumento significativo nas últimas semanas.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro ainda estava reticente em avançar com o confinamento.
"As pessoas querem que a Hungria continue a funcionar e a economia deve ser protegida bem como as vidas", disse em declarações a uma rádio pública.
O governo húngaro pretende importar, em dezembro, para testes clínicos, "pequenas quantidades de vacinas" da Rússia.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.251.980 mortos em mais de 50 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.