O programa da posse de Marcelo Rebelo de Sousa para um segundo mandato como Presidente da República, na terça-feira, vai estender-se ao Porto, durante a tarde, e inclui novamente uma cerimónia ecuménica.
As linhas gerais do programa foram divulgadas esta sexta-feira. Após a cerimónia de posse e juramento perante a Assembleia da República, às 10h30, com uma assistência reduzida a menos de cem pessoas, o chefe de Estado seguirá para o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, onde irá depositar coroas de flores nos túmulos de Luís de Camões e Vasco da Gama.
A chegada ao Palácio de Belém, com guarda de honra junto ao portão principal, está prevista para as 12h15. Na Sala das Bicas, Marcelo Rebelo de Sousa receberá a banda das três ordens, símbolo do Presidente da República e grão-mestre das ordens honoríficas portuguesas.
Logo a seguir, o Presidente da República parte para o Porto, onde, deverá chegar pelas 14h30.
Após um encontro com o presidente da Câmara Municipal, Rui Moreira, o chefe de Estado presidirá, pelas 15h30, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a uma cerimónia ecuménica com representantes de várias confissões religiosas presentes em Portugal - como fez há cinco anos, na Mesquita de Lisboa, também no dia da posse.
Marcelo Rebelo de Sousa irá visitar o Centro Cultural Islâmico do Porto, às 16h30, antes de regressar a Lisboa.
A cerimónia de posse na Assembleia da República terá uma assistência reduzida, com 50 dos 230 deputados, seis membros do Governo e os convidados limitados "às mais altas precedências do Protocolo do Estado Português".
Nos termos da Constituição, o Presidente da República eleito toma posse perante o parlamento, prestando a seguinte declaração de compromisso: "Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa".
Quando tomou posse como Presidente da República, há cinco anos, a 9 de março de 2016, Marcelo Rebelo de Sousa chegou a pé à Assembleia da República, furando o protocolo.
O programa da sua posse teve um formato original, que se prolongou durante todo o dia, incluindo um encontro ecuménico na Mesquita de Lisboa e um concerto na Praça do Município - e na altura estendeu-se também ao Porto, mas dois dias mais tarde, com visitas à Câmara, ao bairro do Cerco e a uma exposição.
Ainda em Lisboa, no dia 10 de março, Marcelo Rebelo de Sousa cumprimentou um por um os funcionários do Palácio de Belém, recebeu cumprimentos do corpo diplomático, no Palácio da Ajuda, e teve a primeira reunião semanal com o primeiro-ministro, António Costa.
Nas eleições presidenciais de 24 de janeiro passado, foi reeleito Presidente da República com 60,67% dos votos expressos.