A companhia de investimento bancário JP Morgan admitiu, esta sexta-feira, ter cometido um erro ao decidir financiar a Superliga Europeia.
"Claramente, avaliámos mal como este negócio seria visto pela comunidade alargada do futebol e o impacto que nela teria no futuro. Aprenderemos com isto", assegurou um porta-voz do banco.
A JP Morgan forneceu um financiamento de 3,5 mil milhões de euros aos clubes fundadores do projeto, com aplicação em infraestruturas e na recuperação do impacto económico da pandemia da Covid-19.
O banco era o único financiador da Superliga, que começou por ter 12 fundadores (à procura de mais três). Contudo, após enorme pressão de adeptos, treinadores, jogadores (antigos e atuais) e até políticos, Manchester City, Manchester United, Liverpool, Arsenal, Chelsea, Tottenham, Inter de Milão, AC Milan, Juventus e Atlético de Madrid desistiram. Sobram apenas Real Madrid e Barcelona no projeto.
O pacote de financiamento da JP Morgan, único banco envolvido, fora decisivo para o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, principal dinamizador da prova, convencer os restantes clubes a juntar-se.
Devido à sua associação ao projeto da Superliga, a JP Morgan foi alvo de críticas e a Standard Ethics, agência independente de avaliação da sustentabilidade das práticas de mercado, baixou o "rating" da companhia de investimento norte-americana de "EE-" para "E+".