Idosos estão no centro das preocupações do bispo de Bragança-Miranda
30-03-2020 - 08:40
 • Olímpia Mairos

A todos os diocesanos pede coragem e confiança e que acreditem que Jesus está nos hospitais, nos lares de idosos, nas casas, no coração de cada um. “O mal comum só com o bem comum pode ser solucionado.”

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O bispo da Diocese de Bragança-Miranda manifesta-se “preocupado por tudo aquilo que se está a viver e que também me fazem chegar e, sobretudo, sentir o medo que as pessoas têm, de um modo especial dos mais idosos, de ficarem doentes e de se sentirem sós e abandonados”.

Esta diocese, a quarta mais extensa do país, com as suas 326 paróquias, dispersas por 6.589 km2, regista um acentuado envelhecimento. E se a solidão dos idosos e o isolamento tem sido uma preocupação do bispo transmontano, essa preocupação assume especial relevância neste tempo de emergência nacional.

Por isso, D. José conta à Renascença que neste tempo de crise, a sua ocupação passa por “intensificar e aprofundar a oração, a proximidade pelo telefone, por tantos outros meios que nos podem aproximar, porque cada gesto conta e é muito importante”. “E ocupado também”, prossegue D. José Cordeiro, “em ver o que é que devemos fazer como Igreja, como diocese”.

“Já o estamos a fazer e queremos continuar a fazer, para sermos esta presença junto de quem sofre, junto das famílias, e sermos também semeadores e servidores do Evangelho da esperança”, declara o prelado.

E neste contexto, o bispo de Bragança-Miranda, serve-se do microfone da Renascença para dirigir a todos uma palavra de confiança e incentivar à coragem, assegurando que Jesus está presente.

“Coragem e confiança são duas palavras que traduzem também a atitude pessoal, neste momento, e aquela que procuramos transmitir, iluminados pela fé, pela esperança e pela caridade que é Jesus Cristo. Acreditar na sua presença e que Ele está nos hospitais, que está nos lares de idosos, que está nas nossas casas, que está no coração de cada um de nós”, assegura.

D. José Cordeiro insiste neste incentivo à “coragem”.

“Não tenhamos medo, estamos juntos e confiamos naqueles que cuidam de nós. E cuidemos para bem cuidar uns dos outros”, aconselha, “porque só o amor pode vencer este mal maior construindo juntos o bem comum”.

“O mal comum só com o bem comum pode ser solucionado, na solidariedade e na corresponsabilidade”, conclui o bispo transmontano.