O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou hoje que 60 pessoas morreram na sequência do bombardeamento aéreo russo a uma escola na região de Lugansk, no leste da Ucrânia.
"Na localidade de Bilogorivka, na região de Lugansk, uma bomba russa matou 60 civis", afirmou Zelensky durante uma intervenção por videoconferência na cimeira do G7, os sete países mais ricos do mundo.
Segundo o chefe de Estado, as vítimas "tentaram encontrar refúgio no edifício da escola pública", que foi "atingida num ataque aéreo russo", acrescentou.
"Uma bomba aérea atingiu uma escola e 60 pessoas estão mortas sob os escombros", indicou por sua vez o governador da região de Lugansk, Serguii Gaidai, à televisão de língua russa Current Time TV, acrescentando que "ainda decorrem ataques muito fortes em Bilogorivka".
Inicialmente, as autoridades davam conta da existência de dois mortos e 60 desaparecidos.
Entretanto, o coordenador de crises da ONU para a Ucrânia, Amin Awad, expressou "profunda consternação" pelo ataque russo.
Num breve comunicado, Awad afirmou que este ataque "é outro registo da crueldade desta guerra" e solidarizou-se com as vítimas e familiares.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
[notícia atualizada as 00h11 de segunda-feira, 9 de maio de 2022]