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- “A maior responsabilidade em Tancos é do poder político, que tem desinvestido nas Forças Armadas”. O major-general Raul Cunha, que já chefiou a base de Tancos, diz, em entrevista, que foi melhor que os assaltantes não tivessem sido detectados, pois alguém podia ter morrido.
O Ministério Público está a investigar o furto de armas de guerra em Tancos. A Procuradoria Geral da República (PGR) revela que os factos já apurados levam a suspeitar que está em causa a prática dos crimes de associação criminosa, tráfico e terrorismo internacional.
De acordo com um comunicado da PGR divulgada esta terça-feira, o Ministério Público está a trabalhar com a Unidade Nacional contra o Terrorismo e Polícia Judiciária Militar.
"Atenta a natureza e gravidade destes crimes e os diferentes bens jurídicos protegidos pelas respetivas normas incriminadoras, o Ministério Público decidiu que a investigação relativa aos factos cometidos em Tancos deveria prosseguir no âmbito de um inquérito com objecto mais vasto a ser investigado no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP)", lê-se também na nota.
O inquérito encontra-se em segredo de justiça.
O Exército anunciou na quinta-feira, dia 29 de Junho, que foi detectada no dia anterior a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois paiolins.
No sábado, o Exército anunciou a saída temporária de cinco comandantes de unidades do ramo para não interferirem com os processos de averiguações sobre o furto de material de guerra em Tancos.
Entre o material de guerra que foi furtado estão cerca de 1.500 cartuchos de 9mm, dezenas de granadas de mão e outros materiais explosivos.
Marcelo e ministro da Defesa em Tancos
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, vão reunir-se esta terça-feira na base militar de Tancos com os chefes do Estado-Maior General das Forças Armadas e do Exército, confirmou à Lusa fonte de Belém.
Marcelo Rebelo de Sousa e Azeredo Lopes vão reunir-se com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Pina Monteiro, e com o chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte.