​“Ossos de grandes dimensões” expostos em Sines
01-05-2020 - 12:09
 • Rosário Silva

Encontrados numa praia de Sines, os ossos “possivelmente de baleia”, vão ser estudados pelo Laboratório de Ciências do Mar, da Universidade de Évora, uma unidade que se dedica à investigação e ensino.

O Laboratório de Ciências do Mar (CIEMAR) da Universidade de Évora (UÉ) vai estudar dois ossos de grandes dimensões, “possivelmente de baleia” que foram encontrados, recentemente, na praia da Costa Norte, em Sines.

“É possível que um dos ossos seja do maxilar inferior de uma baleia e o outro, do crânio de um mamífero marinho deste tipo, da região occipital”, refere a UÉ, no comunicado enviado à Renascença.

O fato do CIEMAR dispor de equipamentos para trabalhos laboratoriais e de terreno, permite aos investigadores deste laboratório, efetuarem “o estudo científico” dos dois ossos, “com vista à confirmação desta classificação e à identificação taxonómica da(s) espécie(s) a que pertencem”, pretendendo-se utilizá-los “em atividades de ensino e divulgação científica”, acrescenta a nota.

A funcionar deste 1990, em Sines, o CIEMAR é uma unidade de investigação, ensino e prestação de serviços da UÉ. A sua finalidade prende-se com “a promoção e a execução de atividades cientificas e culturais”, destinadas “à melhoria do conhecimento do ambiente marinho e à utilização sustentável dos seus recursos”, com particular atenção para a região costeira do Alentejo.

É, precisamente, em frente ao Laboratório do Mar que os ossos estão agora expostos, para que todos os possam observá-los.

“Queremos contribuir para o conhecimento da vida marinha e para a sensibilização da sociedade relativamente à necessidade de proteção dos mamíferos marinhos e dos ecossistemas em que vivem”, salienta João Castro.

Para este investigador do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), organismo de que é membro o laboratório, “é impressionante o peso destes ossos, e imaginar que são uma pequena parte de um pesadíssimo esqueleto de um enorme animal que há poucos anos viveu neste mar, é absolutamente fantástico.”