O bispo do Porto, D. Manuel Linda, diz que "a Igreja quer ser parte da solução e jamais do problema" no combate à Covid-19 e que "quer contribuir para que este mal passe o mais rapidamente possível e se possa voltar ao mundo para se reconstruir a vida de piedade, de evangelização e de assistência".
Numa nota sobre a pastoral em tempo de Pandemia, D. Manuel Linda afirma que “até decisão em contrário”, aplicar-se-ão na Diocese do Porto “todas as orientações de 8 de maio de 2020, emanadas da Conferência Episcopal Portuguesa”.
No seu texto, com 10 pontos, o bispo faz um apelo à solidariedade, sugerindo que "as largas somas de dinheiro" que se costuma gastar em "comunhões e noutros eventos religiosos" seja aplicado "no todo ou em parte para minorar os sofrimentos daqueles que, a nível da paróquia, vivem em condições de maior vulnerabilidade" .
D. Manuel Liinda lembra que "para isso, é necessário que em todas as paróquias se constitua um grupo de ação social, no caso de não existirem, organizadas, a Cáritas Paroquial ou as Conferências Vicentinas".
O bispo defende também que "nas paróquias que possuem Centros Sociais Paroquiais, seria oportuno que uma parte desse quantitativo se aplicasse na 'capitalização' dessas instituições, expressão da caridade cristã organizada".
D. Manuel Linda pede que "seja-me permitido insistir na necessidade de mantermos abertas as nossas igrejas durante o dia" e que "para isso, são necessárias condições de segurança, que podem passar por pequenas adaptações técnicas ou por uma 'escala' de voluntários que assegurem a permanência e a vigilância".
"Fomente-se a piedade eucarística e a visita ao Santíssimo", escreve o bispo, concluindo a nota com a afirmação de "não podemos potenciar o risco de que a ausência por causa da pandemia se transforme em ausência por comodidade".