INE. Inflação dispara e desemprego desce
11-05-2022 - 11:27
• Renascença com Lusa
A inflação em Portugal acelerou para 7,2% em abril, o valor mais alto dos últimos 29 anos.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou, esta quarta-feira, duas estimativas, segundo as quais a inflação disparou e o desemprego desceu.
A taxa de desemprego baixou para 5,9% no 1º trimestre de 2022. Segundo o INE, a taxa baixou 0,4 pontos percentuais em relação ao último trimestre de 2021 e 1,2 pontos percentuais em relação o mesmo período do ano passado.
Atualmente, existem 308.400 pessoas desempregadas.
“A taxa de desemprego foi estimada em 5,9%, valor inferior em 0,4 pontos percentuais ao do 4.º trimestre de 2021 e em 1,2 pontos percentuais ao do 1.º trimestre do mesmo ano”, sinaliza o INE, na nota informativa, assinalando que a evolução “mais acentuada “teve a taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos), estimada em 20,6%”, ainda que tenha registado um valor “inferior em 2,8 pontos percentuais ao do trimestre anterior e em 3,5 pontos percentuais ao do trimestre homólogo”.
Entre janeiro e março deste ano, a população desempregada diminuiu 6,7%, face ao trimestre anterior, para 308,4 mil pessoas (menos 22,2 mil pessoas desempregadas). Relativamente a igual período de 2021, há uma queda de 14,3% (menos 51,7 mil pessoas desempregadas).
Já a taxa de inflação acelerou para 7,2% em abril, o valor mais elevado desde março de 1993 e um aumento de 1,9 pontos percentuais face a março. Esta subida é influenciado pelos produtos energéticos e alimentares não transformados.
Os dados indicam que o indicador de inflação subjacente (excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) continuou a acelerar em abril, passando de uma variação homóloga de 3,8% em março para 5% em abril, o registo mais elevado desde setembro de 1995.
A taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos foi de 26,7%, o “valor mais alto desde maio de 1985”, aponta o INE. Enquanto isso, o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação de 9,5% (5,8% em março).