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A Alemanha vai impor um confinamento de emergência para combater o alastramento da Covid-19.
A decisão foi tomada esta quarta-feira por Angela Merkel, depois de o Governo central e líderes regionais terem chegado a acordo para tomar medidas de nível nacional face à sobrelotação dos hospitais.
As medidas precisas estão ainda a ser negociadas, mas fontes com acesso às conversações dizem à Reuters que implicarão o encerramento de bares e restaurantes. Outras medidas como o encerramento de ginásios, teatros e limites à socialização fora de casa estão ainda em cima da mesa.
O Governo prepara um pacote de auxílio financeiro de 10 mil milhões de euros para compensar as perdas que as empresas devem sofrer com este novo confinamento.
As medidas drásticas, que deverão entrar em vigor no dia 2 de novembro, têm por objetivo travar a propagação do novo coronavírus numa altura em que os casos na Alemanha, a maior economia da Europa, atingem novos recordes.
As lojas poderão permanecer abertas desde que respeitem o distanciamento social e limitem as entradas, dizem à Reuters as mesmas fontes. Um dos objetivos das negociações é de acabar com uma situação em que existem medidas diferentes para cada uma das 16 regiões autónomas da Alemanha.
As escolas também devem permanecer abertas e Merkel estará a tentar convencer os líderes regionais a concordar com uma medida segundo a qual as pessoas apenas poderão sair à rua com pessoas com quem coabitam.
O aumento exponencial de casos está a afetar todo o país, ao ponto de que as autoridades já não conseguem fazer os rastreios dos contágios.
“O objetivo é interromper a dinâmica da infeção de forma rápida, para evitar a imposição de limites aos contactos pessoais e à atividade económica no período do Natal”, explica a fonte contactada pela Reuters.
Depois de ter sido elogiada durante a primeira vaga da infeção, a Alemanha vê-se agora a mãos com uma crise sanitária, tendo registado perto de 15 mil novas infeções nas últimas 24 horas e 85 mortes, elevando o total para 10.183 desde o começo da pandemia.
Angela Merkel já avisou que se não forem tomadas medidas a situação poderá tornar-se insustentável, com o ministro da Saúde a dizer que “se esperarmos até aos cuidados intensivos estarem cheios, será tarde de mais”.