O Presidente norte-americano decidiu manter o dia 31 de agosto como a data para o fim da retirada do Afeganistão. O anúncio foi feito esta terça-feira por uma fonte da Administração Biden, citada pelas agências internacionais.
Joe Biden aceitou uma recomendação feita pelo Pentágono, na segunda-feira, de manter a data de 31 de agosto, por receio de ameaças à segurança das forças norte-americanas.
"Cada dia que estamos no terreno é mais um dia em que sabemos que um grupo conhecido como ISIS K está a tentar atingir o aeroporto e atacar-nos e às forças aliadas e aos civis inocentes", disse num discurso a partir da Casa Branca na tarde de terça-feira (noite em Lisboa), sem direito a perguntas dos jornalistas.
O ISIS K, segundo a AP, é um grupo afeto ao Estado Islâmico no Afeganistão, mas que está em desacordo com os talibãs e que é conhecido por usar atentados suicidas contra civis.
Na reunião do G7 vários líderes tentaram convencer os EUA a prolongarem a permanência no aeroporto militar de Cabul para possibilitar a saída de mais cidadãos internacionais e afegãos, mas Biden mostrou-se irredutível, de acordo com os relatos que têm sido noticiados pelas agências internacionais.
Os talibãs passaram a controlar Cabul no dia 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.