Luís Montenegro já aponta a mira ao governo do PS e, no discurso de vitória nas diretas do PSD, afirmou que “o dia de hoje vai ficar marcado como sendo o princípio do fim da hegemonia do PS".
"O país precisa de nós. E não vamos falhar a Portugal”, acrescentou Montenegro, que enfatizou a maioria expressiva que conquistou. A vitória sobre Jorge Moreira da Silva foi conseguida com mais de 70% dos votos.
O 19º presidente do PSD disse que "a marca de água do Governo de António Costa e dos seus delfins é o empobrecimento de Portugal".
"Nós, no PSD, não vamos ser cúmplices com este caminho de empobrecimento. Vamos ser uma oposição exigente, mas com sentido de Estado”, promete o sucessor de Rui Rio.
Montenegro disse que o mandato é de dois anos, mas assegura que veio "para ser candidato [às legislativas] de 2026".
Luís Montenegro sublinhou ainda “"não fomos nós que ganhámos". "Hoje, no essencial, quem ganhou foi Portugal. Portugal ganhou hoje a formação de alternativa política ao socialismo que nos tem desgovernado”, qualificou.
O novo presidente dos sociais-democratas acredita que este resultado tão expressivo tem vários sinais: "um sinal de grande mobilização do PSD; um sinal de grande responsabilidade para a direção do PSD; mas também um sinal de vitória".
Montenegro dirigiu-se ainda a Moreira da Silva e teceu-lhe rasgados elogios. "Quero cumprimentar o nosso companheiro e o meu estimado amigo Jorge Moreira da Silva. Trata-se de um quadro altamente qualificado, de um político e de um amigo, com capacidade de servir o partido e o país. Não vamos prescindir do seu talento e daqueles que o apoiaram nestas eleições", garantiu.
Sobre a forma como integrará o adversário, o ex-líder parlamentar do PSD disse que só depois de conversar com o até hoje adversário é que isso ficará definido.
O novo presidente do PSD disse que já falou com o líder parlamentar, Paulo Mota Pinto, para coordenar ideias. Mas salientou que a atual direção do partido ainda não cessou funções, tal só acontecerá em julho.
"Vai valer a pena Vamos dar um novo ciclo à oposição e à alternativa em Portugal. O povo concedeu ao PS todas as condições para governar; a partir de hoje, inicia-se um novo ciclo na oposição — exigente, firme, mas que vai dar um novo rumo a Portugal", rematou Montenegro.