Israel colocou centenas de soldados em várias posições na Cisjordânia ocupada. Este reforço acontece um dia depois de um atirador palestiniano ter morto dois israelitas, desencadeando represálias de colonos, no que é já o pior episódio de violência em décadas.
Os acontecimentos de domingo começaram quando um atirador palestiniano, que se pôs em fuga, abateu a tiro os irmãos Hillel e Yagel Yaniv, de 21 e 19 anos, residentes no colonato judaico de Har Bracha, numa emboscada na cidade palestiniana de Hawara, no norte da Cisjordânia. Os irmãos serão sepultados, esta segunda-feira, em Jerusalém.
Após o tiroteio, grupos de colonos invadiram a via principal em Hawara, usada tanto por palestinianos como pelos residentes israelitas.
No final do domingo, um palestiniano de 37 anos foi morto a tiro por colonos israelitas, enquanto outros dois ficaram feridos, atingidos por balas, enquanto um terceiro foi hospitalizado com gravidade depois de ser espancado com uma barra de ferro, indicaram as autoridades sanitárias locais, que adiantaram que 95 outros estavam a ser tratados por inalação de gás lacrimogéneo.
Na sequência do acontecido, o exército israelita enviou centenas de tropas adicionais para a área com o objetivo de diminuir e controlar a violência - dois batalhões foram enviados na noite de domingo e um terceiro seguiu na manhã desta segunda-feira - mas não capturou o atirador palestiniano.
As tropas israelitas também começaram a retirar os colonos de um posto avançado de um colonato perto de Nablus, na Cisjordânia, onde vários deles acamparam após o tiroteio mortal de domingo, informou a emissora pública de Israel Kan.