Depois de banir Trump, Facebook pede a funcionários que evitem usar roupa com a marca da empresa
12-01-2021 - 13:25
 • Sofia Freitas Moreira com Renascença

Apelo é uma tentativa de proteger a segurança dos funcionários da rede social, após a suspensão da conta do Presidente cessante, Donald Trump.

O Facebook apelou aos seus funcionários, na segunda-feira, a evitarem usar roupas com a marca da empresa em público, de forma a assegurar a segurança dos mesmos. O pedido surge depois de a rede social ter banido Donald Trump da plataforma.

“À luz dos eventos recentes, e por cautela, encorajamos todos, nesta altura, a evitarem usar ou transportar itens com a marca Facebook”, lê-se num comunicado interno enviado na segunda-feira, de acordo com o site Business Insider.

Na sequência do cerco ao Capitólio norte-americano, o Facebook baniu o Presidente cessante, Donald Trump, por, pelo menos, duas semanas, até à tomada de posse do Presidente eleito, Joe Biden.

A plataforma começou por remover todas as publicações com referência à campanha “Stop the Steal” – “Parem a Contagem” -, que, erradamente, reivindica que as eleições presidenciais de 3 de novembro foram roubadas pelos democratas.

A equipa de segurança da rede social publicou a nota interna num quadro que pode ser acedido por mais de 56.600 funcionários, relata o The Information.

O Facebook foi a primeira grande rede social a banir Trump. Seguiram-se outras quantas, como o Instagram, que pertence ao mesmo grupo do Facebook, e o Snapchat.

Também o Twitter, a rede social de preferência do Presidente, bloqueou o acesso à sua conta depois de Trump ter postado vídeos e mensagens em que, apesar de apelar aos manifestantes para “voltarem para casa”, insistia nas teses de conspiração e fraude eleitoral e de ter dito mesmo que compreendia a frustração dos manifestantes e manifestado o seu apreço por eles.

“Acreditamos que os riscos de permitir que o Presidente continue a usar os nossos serviços durante este período são simplesmente demasiado grandes”, disse Zuckerberg na quinta-feira, num post na mesma rede social.

As redes sociais têm estado sob grande pressão nos últimos tempos para vigiarem mais atentamente os conteúdos que neles são colocados, incluindo de altas figuras de Estado, como é o caso de Donald Trump. Desde as eleições que o Twitter tem estado a assinalar todos os posts de Trump em que ele diz que houve fraude eleitoral.