O Governo da Madeira aprovou novas medidas para conter os contágios com o vírus SARS-CoV-2 que incluem a proibição de circulação entre as 23h00 e as 5h00, a abertura progressiva das escolas e reforço de fiscalização.
Face ao aumento de casos de contágios com o novo coronavírus verificados no arquipélago, o executivo madeirense esteve reunido na presidência do Governo Regional com representantes das autoridades de saúde da região para decidir as novas medidas, não tendo sido prestadas declarações à comunicação social.
No comunicado distribuído após o encontro pode ler-se: "Apesar das medidas desenvolvidas pelas autoridades regionais e da colaboração da população, para assegurar a saúde pública, ao mesmo tempo que procuramos manter em funcionamento toda a atividade económica regional, protegendo desta forma os postos de trabalho, confirmou-se um aumento do número de casos."
O Governo Regional de coligação PSD/CDS adianta que devido a esta situação é "necessário, nos próximos dias, introduzir mais medidas, tendo em vista a não propagação do vírus".
"A partir das 00:00h do dia 05 de janeiro de 2021, é proibida na Região Autónoma da Madeira a circulação na via pública, entre as 23 h e as 5 horas, com as exceções a anunciar amanhã pela Resolução de Governo", salienta o executivo no documento.
Também alerta que "a vacinação está em curso, mas todos têm de manter as regras necessárias de segurança sanitária, para proteção de toda a população".
No que diz respeito à abertura das escolas na região, tendo a Madeira um universo de 52 mil elementos, entre professores alunos e funcionários, o executivo regional adotou medidas específicas para os três concelhos com "maior incidência de casos", nomeadamente, Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava.
Nestes municípios, o reinício das aludas vai ocorrer de forma "progressiva", visando permitir que as autoridades de saúde efetuem uma "avaliação concentrada e dedicada da situação" e "à medida que as testagens forem sendo realizadas, os estabelecimentos de ensino serão abertos", destaca.
De acordo com as perspetivas do Governo Regional, nestes três concelhos, as escolas públicas privadas devem reabrir até 11 de janeiro, enquanto nos restantes estabelecimentos de ensino nos demais municípios mantém-se o calendário definido, recomeçando as aulas na próxima segunda feira (04 janeiro).
O governo insular informa que "as equipas de testagem irão iniciar o seu trabalho na manhã de segunda-feira, dia 04 de janeiro, nos três municípios identificados, com o objetivo de rastrear os mais de 6.000 professores e auxiliares educativos".
Devido a esta situação, "as atividades extracurriculares no Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava ficarão suspensas até ao dia 10 de janeiro de 2021", tendo os encarregados de educação direito a ter a falta de trabalho justificada para apoiarem os seus educandos.
Na Administração pública regional o trabalho presencial vai ser reduzido ao mínimo, a partir segunda-feira e até 15 de janeiro.
O governo madeirense deliberou igualmente suspender as visitas aos lares até 15 de janeiro, prosseguindo com o processo de testagem e a vacinação dos profissionais e utentes e a limitando ao máximo a mobilidade dos profissionais entre os estabelecimentos.
Quanto aos bares e restaurantes, o horário de funcionamento fica estabelecido até às 22:30 horas, "o que inclui a atividade de 'take-away' e atividade de restauração nas grandes superfícies".
Outra das decisões tornadas públicas foi o reforço da fiscalização para "garantir o cumprimento das normas em vigor em toda a Região".
"Todas estas medidas serão objeto de resolução de Conselho de Governo, que decorrerá na manhã de segunda-feira dia 04 de janeiro de 2021", conclui o comunicado.
Com base nos últimos dados divulgados pela Direção Regional de Saúde, domingo, a Madeira registou domingo 65 novos casos positivos de covid-19, totalizando 734 situações ativas, das quais 558 são de transmissão local.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.835.824 mortos resultantes de mais de 84,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 7.045 pessoas dos 423.870 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.