O Papa Francisco associou-se esta quinta-feira às celebrações dos 500 anos da Sé do Funchal, numa mensagem enviada ao bispo da diocese, pedindo missionários “convictos” de Jesus Cristo, sem medo das “turbulências do mundo”.
O Papa saúda “afectuosamente” toda a comunidade do arquipélago e recorda os “obreiros da evangelização e animação pastoral que, ao longo destes 500 anos, se empenharam por levar a Catedral à sua máxima expressão de palácio de Cristo-Rei, aula de Cristo-Mestre, templo de Cristo-Sacerdote”.
A mensagem, enviada através do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, apresenta a catedral como símbolo do desígnio de uma Igreja Católica “sem fronteiras, onde todos possam ter um lugar válido e honrado”.
“Uma Igreja una e unida na qual, se algo tem de ser sacrificado, pois que sejam os particularismos, as rivalidades, as discórdias, os resíduos de egoísmo — e são ainda tantos, mesmo no Reino da caridade que é a Igreja de Jesus”, acrescenta o Papa.
Na homilia da Missa a que presidiu esta quarta-feira, D. António Carrilho, bispo do Funchal, evocou os sacrifícios das primeiras comunidades cristãs na Madeira para a construção da Sé, “casa de Deus e do seu povo”, apelando à “unidade” e “comunhão”, hoje.
O prelado Missão deixou votos de que todos procurem levar por diante a missão que é realizada há 500 anos, com um olhar “preferencial” para os mais indefesos e atenção pela natureza, numa “Igreja jovem pelos jovens”.
As comemorações deste aniversário foram acompanhadas pelo núncio apostólico em Portugal, D. Rino Passigato, que visitou o Santuário de Nossa Senhora do Monte onde, junto à imagem da Padroeira da cidade e Diocese do Funchal, rezou pelas vítimas do acidente no Largo da Fonte no passado dia 15 de Agosto e pelas vítimas dos incêndios que nos últimos dias atingiram o território português.
O representante diplomático da Santa Sé presidiu, na terça-feira, à inauguração da Exposição ‘500 Anos da Dedicação da Sé do Funchal. Fé, Arte e Património. Um Olhar Sobre a Obra do Padre Pita Ferreira’ no Museu de Arte Sacra da capital madeirense.