O primeiro-ministro rejeita que a demissão do comandante da Proteção Civil, António Paixão, traduza caos no setor e defende que o novo nome escolhido, Duarte Costa, foi bem recebido, inclusive pela oposição.
Esta posição foi assumida por António Costa depois de confrontado pelos jornalistas com a demissão do comandante da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o que levou o Governo a propor a sua substituição pelo coronel Duarte Costa.
Falando aos jornalistas em Porto Salvo, Oeiras, após ter presidido à sessão de apresentação do novo simulador de pensões da Segurança Social, o primeiro-ministro disse que vê "com satisfação que o novo comandante foi particularmente bem recebido, não só pelo presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, mas também pelos próprios partidos da oposição".
"Obviamente que ninguém desejaria que motivos pessoais obrigassem o comandante nacional [António Paixão] a pedir a substituição. Está substituído, há um novo comandante nacional e vamos trabalhar", acrescentou o líder do Executivo.
Perante os jornalistas, António Costa disse desconhecer motivos operacionais ou políticos inerentes ao pedido de demissão do anterior comandante da ANPC, reiterando que apenas conhece a carta enviada por Paixão, "que invoca exclusivamente razões pessoais".
António Costa rejeitou igualmente que as sucessivas mudanças nos órgãos de cúpula da ANPC traduzam uma imagem de caos naquela entidade.
"Não há qualquer caos, os processos estão em boa tramitação no Tribunal de Contas para que tudo esteja pronto a tempo e horas", respondeu, numa alusão ao processo de contratação de meios aéreos para o combate aos incêndios.
"Segundo informação do ministro da Administração Interna [Eduardo Cabrita] já há um novo comandante, o coronel Duarte Costa, que é um oficial do Exército extremamente prestigiado, depois de o coronel Paixão ter pedido para cessar funções. É importante que esta substituição se faça rapidamente, visto que para o próximo dia 19 está previsto um exercício nacional envolvendo todos os diferentes agentes da Proteção Civil", acrescentou.