O primeiro-ministro garantiu hoje que, independentemente do resultado das negociações entre o Estado e o SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal), o "sistema de redundância não será desligado" e o país ficará protegido.
"Uma coisa posso assegurar: o sistema de redundância não será desligado. Espero que a contento de ambas as partes nas negociações que deverão ser concluídas hoje ou, sem ser a contento de ambas as partes, porque há uma coisa de que o país não pode prescindir, é do funcionamento em pleno de um sistema cuja redundância é absolutamente essencial", afirmou António Costa.
Falando no parlamento, durante o debate quinzenal, em resposta a uma pergunta da presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, o chefe do executivo declarou que, independentemente do "resultado final" das negociações, "em caso algum o país ficará desprotegido".
Assunção Cristas insistiu no tema, questionando o primeiro-ministro sobre um eventual "plano B, se não houver acordo entre as partes": "Como garante a redundância?", reiterou.
António Costa respondeu ser inoportuna uma tal pergunta quando estão a decorrer negociações, não devo estar a falar em público "daquilo que a outra parte não deve saber".
"Inoportuno é o Governo chegar a esta altura do campeonato, em véspera de tempo quente e de tempo de incêndios, e não ter resolvida a questão do SIRESP", contrapôs Assunção Cristas.
Em resposta ao líder do PCP, Jerónimo de Sousa, António Costa admitiu ainda que as negociações em curso, cujo defecho será conhecido nas próximas horas, podem passar pela nacionalização do SIRESP. "O objecto da negociação em curso passa pela aquisiação da posição acionista por parte do Estado", disse o primeiro-ministro.
No sábado, o jornal Público noticiou que a Altice ameaça cortar o SIRESP, sistema de redes de comunicação de emergência e segurança usado, por exemplo, em incêndios, devido ao uma dívida de 11 milhões de euros, divulgada dois dias antes.