A União Europeia aprovou esta sexta-feira o 10.º pacote de sanções contra a Rússia, avança a presidência sueca do Conselho.
O reforço das sanções recebeu luz verde no dia em que se cumpre um ano desde o início da invasão russa da Ucrânia.
As medidas contra a Rússia incluem mais limitações às exportações e medidas contra instituições que apoiam a guerra e espalham propaganda.
O apertar do cerco ao regime de Vladimir Putin inclui a proibição de exportação para a Rússia de bens industriais no valor de 11 mil milhões de euros.
Em causa está a venda de peças sobressalentes para camiões, motores a jato, antenas e gruas, além de meia centena de componentes eletrónicos, minérios de terras raras e câmaras térmicas, que podem ser utilizados na construção de armas russas, adianta a Euronews.
Pela primeira vez, também, entidades ligadas à Guarda Revolucionária do Irão foram visadas, por causa da ajuda militar secreta ao Kremlin.
As novas sanções europeias também são direcionadas a várias pessoas específicas, como propagandistas, representantes políticos, comandantes do exército russos e suspeitos de rapto e deportação de crianças ucranianas.
Este 10.º pacote de sanções ficou marcado recebeu luz verde ao fim de complicadas negociações entre os Estados-membros.
A presidência sueca do Conselho Europeu refere que, "juntos, os Estados-membros da UE impuseram as sanções mais fortes e abrangentes de sempre para ajudar a Ucrânia a vencer a guerra".
"A UE está unida à Ucrânia e ao povo ucraniano. Continuaremos apoiando a Ucrânia, pelo tempo que for necessário", sublinha a UE.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu esta sexta-feira que a vitória na guerra contra a Rússia é "inevitável" se aliados cumprirem promessas.
Numa conferência de imprensa por ocasião do primeiro ano da invasão russa da Ucrânia, Zelensky declarou que a vitória é "inevitável", se todos os aliados da Ucrânia fizerem o seu trabalho de casa e apoiarem o seu país, nomeadamente com armamento.
Sobre o plano de paz apresentado pela China, Zelensky destaca o facto de defender o respeito pela “integridade territorial” das nações.
Em declarações à Renascença antes de ser conhecida a aprovação do novo pacote de sanções, a especialista em Relações Internacionais Ana Maria Evans disse acreditar que os sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia não têm tido o impacto desejado, porque "Putin preparou o regime muito bem" para lhes fazer frente.
A professora da Universidade Católica refere que a Rússia apostou "muito intensamente numa renovação do seu modelo económico para garantir autossuficiência", desde 2014, com a anexação ilegal da Crimeia.