A subdiretora-geral da Saúde garantiu esta segunda-feira que os percevejos não representam perigo para a saúde pública, mas recomendou a quem se depara com a sua presença para seguir as orientações de limpeza.
“Percevejos sempre houve. Há umas alturas em que há mais e outras menos”, afirmou Graça Freitas aos jornalistas no final da apresentação da campanha de divulgação do Programa Nacional de Vacinação (PNV), que decorreu na Escola Básica 2,3 Patrício Prazeres, em Lisboa.
A DGS tem conhecimento de vários casos de percevejos detectados em habituações de Lisboa, nomeadamente utilizadas para alojamento local, confirmando relatos noticiados esta segunda-feira pelo jornal "i". Segundo o diário, Lisboa e Porto enfrentam uma praga de percevejos, que viajam nas malas dos turistas e infestam alojamento local e hotéis.
Segundo a subdirectora-geral da Saúde, os casos que a DGS tem conhecimento estão já a ser resolvidos e essa resolução passa pelo recurso a empresas de desinfestação e os devidos cuidados de higiene posteriores.
“O nosso conselho é que nas situações de alojamento em que isso exista contactem uma empresa profissional para uma desinfestação a sério e depois sigam os conselhos dessa empresa no que diz respeito aos cuidados de higiene, de limpeza e arejamento”, afirmou.
Graça Freitas assegura que “não há risco para a saúde pública, até porque o bicho não tem esse impacto negativo na saúde”.
“Não é agradável, não é um bom indicador de higiene”, disse, recordando que esta “não é uma situação nova. Agora há é mais circulação de pessoas e sabe-se mais”.
Segundo o "i", esta já é considerada por algumas empresas de desinfestação como a “praga do ano” em Lisboa. Estes insectos infiltram-se nos colchões e nas roupas de cama em busca escuridão e calor humano.
Há três anos que os espanhóis alertam para a ameaça. Durante a Expocida Ibera, em 2014, foi lançado o aviso de que os percevejos são uma espécie um ascensão, trazendo o risco de um aumento de pragas nas cidades.