Dois cidadãos portugueses estão entre os mortos do acidente com um autocarro em Veneza, confirmou à Renascença o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Uma terceira pessoa de nacionalidade portuguesa está entre os feridos do desastre.
O Governo português lamenta o sucedido e está a acompanhar a situação em contacto com a embaixada em Roma.
O desastre aconteceu na terça-feira e provocou 21 vítimas mortais e 15 feridos, oito em estado considerado muito grave.
Entre os mortos estão uma mulher e um homem de nacionalidade portuguesa, de 56 e de 58 anos, de acordo com a lista divulgada esta quarta-feira pelo autarca de Veneza.
Entre as vítimas mortais estão também pessoas de nacionalidade sul-africana, croata, chinesa, alemã, moldava, ucraniana e romena.
O acidente aconteceu na noite de terça-feira, 3 de outubro, entre Mestre e Marghera. O autocarro caiu de uma ponte.
As autoridades vão realizar uma autópsia ao motorista, para tentar a apurar a causa do acidente. Em cima da mesa poderá estar a possibilidade de doença súbita ou de o motorista ter adormecido.
As autoridades de Veneza pediram ao Governo italiano que decretasse três dias de luto na região, pela morte das 21 pessoas. "É um período de luto para todos, um período de silêncio", justificou o responsável local Michele Di Bari, citado pela agência de notícias italiana Ansa.
O veículo era um autocarro elétrico, que se incendiou depois de cair de uma altura de cerca de 15 metros, ao derrubar a proteção do viaduto.
O comandante da polícia municipal de Veneza, Marco Agostini, admitiu que o condutor poderá ter-se sentido mal por não haver sinais de travagem, segundo noticiou a agência espanhola EFE.
O governador do Veneto, de que Veneza é a capital, Luca Zaia, disse hoje que se suspeita que o acidente tenha resultado de má condução.
O procurador-chefe de Veneza, Bruno Cherchi, anunciou a abertura de um inquérito para tentar determinar as causas do acidente.