O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu esta terça-feira a confiança da ONU para um mandato de Portugal no Conselho de Segurança desta organização, como membro não-permanente, daqui a cinco anos.
"Nós não mudamos de princípios. E manteremos também o mesmo rumo no caso de nos darem a vossa confiança para um mandato no Conselho de Segurança daqui a cinco anos", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na 76.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.
Antes, na sua intervenção, o chefe de Estado reiterou o apoio de Portugal à reforma da ONU e do Conselho de Segurança, "pelo menos com presença africana, do Brasil e da Índia como membros permanentes", para que seja "retrato do século XXI", acrescentando: "Mas isso implica também meios financeiros adicionais".
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que "importa ampliar, aprofundar e acelerar as reformas nas Nações Unidas, na gestão, na paz e segurança, no sistema de desenvolvimento, e também avançar na reforma do Conselho de Segurança".
"Resistir às reformas, negar recursos significa, na prática, enfraquecer o multilateralismo e criar situações de crise, com prejuízo para todos", argumentou.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que têm direito de veto, são os Estados Unidos de América, a Federação Russa, a França, o Reino Unido e a República Popular da China.
Todos os anos, a Assembleia Geral elege cinco de um total de dez membros não-permanentes, que nos termos de uma resolução da ONU são distribuídos da seguinte forma: cinco africanos e asiáticos, um da Europa de Leste, dois da América Latina, dois da Europa Ocidental e outros Estados.
Portugal foi membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU em 1979-1980, 1997-1998 e 2011-2012.