A Igreja nigeriana pede a libertação de dois sacerdotes que foram raptados nos últimos dias e apela às populações para se coibirem “de fazer justiça pelas próprias mãos”.
De acordo com a agência Fides, o padre Sylvester Okechukwu, da diocese de Kafanchan, no estado de Kaduna, no centro-norte do país, foi sequestrado no dia 20 de dezembro.
O sacerdote que serve na Paróquia de Santo António, Fadan Kano, foi raptado por volta das 23h45 da reitoria paroquial na área do Governo Local de Lere, no Estado de Kaduna.
A diocese pede aos fiéis orações pela rápida libertação do padre e assegura que usará “todos os meios legais para garantir a sua rápida libertação com segurança”.
O outro sacerdote raptado no dia 17 de dezembro é o pároco associado da paróquia Maria Assumpta em Umuopara, diocese de Umuahia, no estado de Abia, sul da Nigéria
Segundo um comunicado divulgado pelo chanceler diocesano, o padre Henry Maduka foi sequestrado junto ao portão de entrada da casa paroquial, quando se preparava para ir reabastecer a viatura num posto de gasolina próximo.
O bispo de Umuahia, D. Michael Kalu Ukpong, convidou os fiéis da diocese a rezarem para que o sacerdote seja libertado o mais rápido possível são e salvo.
A estes dois raptos junta-se ainda a da libertação, também dia 20, de um outro sacerdote, Abraham Kunat, que tinha sido raptado no início de novembro, no dia 8, e também no estado de Kaduna, situado no norte do país.
A agência de notícias Fides, do Vaticano, fala numa “explosão de raptos” na Nigéria, situação que se pode traduzir num “verdadeiro flagelo social”.
A Nigéria tem sido palco de atuação de diversos grupos terroristas de inspiração jihadista, nomeadamente o Boko Haram.