Estão resolvidos, pelo menos por agora, os constrangimentos que levaram as urgências de adultos do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, a não receber ambulâncias.
A reportagem da Renascença no local verificou que, esta quinta-feira de manhã, ainda antes das 9h00, já havia ambulâncias a entrar naquela unidade hospitalar.
Uma ambulância dos bombeiros de Odivelas terá sido a primeira a ser autorizada a deixar um doente, depois de o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) ter canalizado os doentes para outras unidades hospitalares, devido aos constrangimentos sentidos na quarta-feira, no Beatriz Ângelo, onde várias ambulâncias ficaram retidas durante horas, com os doentes nas macas dos bombeiros, que assim não puderam prestar socorro noutros serviços.
A administração do Hospital assegurou que doentes que se deslocassem pelos seus próprios meios seriam atendidos. Certo é que esta quinta-feira de manhã, a sala de espera da urgência geral tinha cerca de trinta pessoas, que aguardavam pela chamada. Quem tinha pulseira amarela preparava-se para esperar cinco horas e meia, como indicava o site Tempos de Espera do Serviço Nacional de Saúde.
Ainda no mesmo hospital, desde as 8h00 desta quinta-feira de manhã que o serviço de partos, ginecologia e obstetrícia está condicionado e não recebe ambulâncias, tal como previsto no plano "Nascer em Segurança", em vigor até ao fim do mês. De acordo com o mesmo plano, a partir de sexta-feira e até às 8h00 de segunda-feira o serviço vai estar totalmente encerrado para novas admissões, quer as grávidas cheguem por meios próprios, quer de ambulância.
O plano "Nascer em Segurança" foi elaborado pelo Governo para fazer face ao período de verão e aos constrangimentos causados pelas férias dos profissionais de saúde.
[notícia atualizada às 10h56]