O ministro da Administração Interna disse esta manhã no Parlamento que o caminho de valorização salarial e das condições de vida dos profissionais das forças de segurança tem de continuar.
Questionado por todas as bancadas sobre o protesto da PSP que decorre em todo o país para reivindicar a subida do suplemento, José Luís Carneiro explicou que até 2026 está em curso um reforço salarial e de equipamentos e nesse período as forças de segurança terão um aumento salarial de 20%.
“Nós reforçamos o suplemento por serviço nas forças de segurança em 50 milhões de euros por ano, ou seja, significa que hoje o suplemento por serviço nas forças de segurança varia entre os 292 euros e os 1.143 euros”, disse o governante, recordando que “este aumento de suplemento para as forças e para os serviços da polícia judiciária representa 23 milhões de euros por ano”.
A equiparação do aumento do suplemento de serviço da PSP ao da PJ tem sido, de resto, uma das reivindicações do protesto a decorrer esta semana.
José Luis Carneiro assume que é preciso melhorar as condições de remuneração das forças de segurança.
“Reconhecemos que isto é um caminho de valorização das condições salariais e das condições de vida das forças de segurança que tem de continuar e que tem de ser reforçado. Esse foi sempre o caminho que foi assumido e o compromisso com os sindicatos”, disse.
A contestação dos elementos da PSP, juntamente com os militares da GNR, teve início após o Governo ter aprovado em 29 de novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.
Os elementos da PSP e da GNR consideram tratar-se de um “tratamento desigual e discriminatório”.