Após o anúncio de Tim Berners-Lee sobre a iniciativa “Contrato para a Web” (“Contract for the Web”) na Web Summit de 2018, o criador da internet renovou esta segunda-feira o apelo, dizendo que o apoio à sua iniciativa passou de 50 para mais de 150 organizações. A Microsoft, Google, Facebook e o partido Livre são alguns dos apoiantes.
“Se falharmos a defender uma internet livre e aberta, corremos o risco de uma distopia digital enraizada com desigualdades e abuso dos direitos. Temos de agir agora”, escreveu hoje "o pai da internet" no Twitter.
“Eu acho que o medo das pessoas de que lhes aconteçam episódios maus na internet está a tornar-se, com toda a razão, cada vez maior”, confessou Berners-Lee ao jornal britânico “The Guardian”.
A iniciativa global quer salvar a internet de manipulações políticas, “fake news”, violações de privacidade e outras ameaças que podem tornar o mundo numa “distopia digital”. Este plano tem nove fundamentos que incluem os governos, as empresas e os cidadãos.
Os princípios do “Contrato para a Web” exigem que os governos façam tudo o que podem para garantir que todos os indivíduos que se queiram ligar à internet tenham a sua privacidade respeitada.
Outras regras incluem uma mão de obra mais diversificada nas empresas, a consultaria de comunidades mais amplas antes e depois de lançarem novos produtos e a avaliação do risco da difusão de informações erradas ou o prejuízo no comportamento das pessoas ou no seu bem-estar.
Aos indivíduos, este contrato exige que se crie conteúdo relevante para fazer da internet um lugar com utilidade, construa uma comunidade online mais forte onde todos se sentem seguros e bem vindos e onde se lute para que continue aberta a todos e em todo o mundo.
As organizações que apoiam o contrato devem mostrar que estão a implementar os princípios e a encontrar soluções para problemas mais complexos, caso contrário serão eliminados da lista dos apoiantes.