Paulo Rangel acusa o Primeiro-ministro de incompetência por, passado quase dois anos, não ter resolvido os problemas do SIRESP.
O cabeça de lista do PSD para as eleições europeias sobrevoou esta terça-feira, de helicóptero, a área ardida nos incêndios de 2017, no centro do país.
Preocupado com a regeneração do eucalipto e ouvidos os alertas de Xavier Viegas, que liderou a comissão técnica independente que avaliou os incêndios de Pedrogão, Rangel diz que pouco importa se o SIRESP é público ou privado. Preocupante é que não está a funcionar, apesar de a época de incêndios estar prestes a começar.
“Neste momento o que é preciso é que no terreno as pessoas tenham uma resposta, e neste momento não têm. Os portugueses não querem saber se o Siresp é público ou privado, querem que ele preste um bom serviço aos cidadãos.”
“Houve sempre uma irritação do primeiro-ministro com o SIRESP, mas os relatórios mostram que ele afinal não tinha assim tanta razão. Seja como for, dois anos para tomar uma decisão? Não se esqueçam que nos debates que teve na Assembleia da República, o primeiro-ministro já diabolizou o Siresp há dois anos! E em dois anos a administração interna e o Governo não foram capazes de fazer nada”, queixa-se Rangel.
“Chegamos a 14 de maio de 2019 e estamos como estávamos em outubro de 2017 quanto ao SIRESP. Isto mostra incompetência e incapacidade de decisão. Esperamos que tudo corra muito bem, mas com este nível de impreparação, é evidente que as coisas podem acontecer”, diz.
Paulo Rangel insiste que não quer ser pessimista, mas que há razões para preocupações.
“No terreno, as mudanças que se veem são muito poucas, seja na questão das instalações elétricas, seja na questão da mancha de eucalipto que está claramente a crescer.”
Rangel aponta ainda para a “mudança radical da organização da Proteção Civil, feita em cima da hora e que ainda não está no terreno – e abrimos a época de fogos amanhã. O caso do Siresp que está por resolver.”
O candidato diz que não quer “de maneira nenhuma ser pessimista”, mas que tem preocupações que “estão no terreno.”