O diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, garante que a morte de Luis Giovani Rodrigues não está relacionada com "nacionalidades ou raças".
"Na base dos factos estão motivos fúteis, uma desavença que começou no interior de um espaço lúdico e que teve, depois, desenvolvimento no seu exterior", explicou Luís Neves.
"Bragança e o nosso país são terras de grande acolhimento e de grande abertura em termos humanos", sublinhou o diretor nacional da PJ, afastando por completo a ideia de um crime de ódio.
Nestes esclarecimento prestados aos jornalistas. Luís Neves explicou que os cinco suspeitos detidos esta sexta-feira são o "núcleo duro que perpetrou as agressões", rejeitando que possam estar envolvidos no caso 15 suspeitos, como chegou a ser avançado. Ainda assim, Neves não rejeita que possam vir a ser detidas mais pessoas, visto que "a investigação continua e é dinâmica".
Luis Neves garantiu ainda que os agora detidos, com idades entre os 22 e os 35 anos, não têm antecedentes criminais. Os detidos são suspeitos de um crime de homicídio qualificado e três na forma tentada. Alguns são desempregados e todos são residentes em Bragança.
O diretor da PJ referiu ainda que conseguiram recolher "elementos de prova muito relevantes".
O jovem de 21 anos Giovani Rodrigues morreu a 31 de dezembro no Hospital de Santo António, no Porto.
O caso chegou às autoridades de Bragança como um possível alcoolizado caído na rua sem menção a agressões ou ferimentos, segundo comandante dos bombeiros locais. Só depois de chegar ao local e avaliar a vítima é que a equipa de emergência descobriu um ferimento na cabeça e “verificou que se tratava de um possível traumatismo craniano”.
O jovem foi encontrado caído na Avenida Sá Carneiro (dia 21 de dezembro), mais de meio quilómetro e alguns minutos a pé do bar Lagoa Azul, onde terá estado com um grupo de amigos e onde terá começado uma desavença.