A defesa aérea saudita anunciou esta terça-feira ter interceptado um míssil balístico lançado contra a capital, Riade. O projéctil teria como alvo o palácio al-Yamama, onde decorria uma entre líderes sauditas, mas esta informação ainda não foi confirmada oficialmente.
“As forças da coligação confirmam que interceptaram um míssil iraniano-Houthi direcionado ao sul de Riade. Não há registo de vítimas nesta altura”, afirma o Centro para a Comunicação Internacional, gerido pelo Governo da Arábia Saudita na sua conta no Twitter.
O ataque acontece horas antes de a Arábia Saudita anunciar o orçamento anual numa conferência de imprensa em que deveriam estar presentes vários ministros.
Testemunhas citadas pela agência Reuters dizem ter ouvido um estrondo e ter visto fumo a nordeste de Riade.
Este é o mais recente episódio de uma série de ataques por parte do movimento Houthi, que desde 2004 combatem as forças governamentais e que, em 2015, tomaram a capital iemnita, Saná, tendo destituído o Governo.
Em resposta, vários países da região, liderados pela Arábia Saudita, organizaram-se numa coligação armada para voltar a instalar Abd Rabbuh Hadi no poder.
No dia 4 de Novembro, a Arábia Saudita interceptou um outro míssil balístico direccionado ao aeroporto internacional Rei Khaled, em Riade. Na sequência desse ataque, a Arábia Saudita, que acusa o Irão de fornecer armas aos rebeldes, impos um bloqueio ao Iémen e pediu fiscalizações mais rigorosas por parte das Nações Unidas.
Na semana passada, os Estados Unidos apresentaram, pela primeira vez, destroços do que disseram ser armas iranianas fornecidas aos rebeldes xiitas houthis, classificando-os como prova conclusiva da violação das resoluções da ONU por parte de Teerão. O Irão tem sempre negado as acusações.
Segundo o porta-voz das Nações Unidas para os Direitos Humanos, os ataques aéreos lançados pela coligação liderada pela Arábia Saudita já mataram mais 136 civis e não combatentes no Iémen só desde o dia 6 de Dezembro.