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Os sete militares do curso de Comandos detidos esta quinta-feira no âmbito da investigação ao caso das mortes ocorridas no curso de Comandos foram transferidos para o Estabelecimento Prisional Militar de Tomar, onde "já se encontram", disse à Lusa o porta-voz do Exército, Vicente Pereira. Segundo o mesmo responsável, trata-se do único Presídio Militar existente no país.
Os detidos aguardam primeiro interrogatório judicial no decurso do inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.
Os militares foram detidos de manhã, numa acção da Polícia Judiciária Militar (PJM) e do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, que tutela o inquérito.
De acordo com o comunicado da Procuradoria-geral da República (PGR) os detidos são o director de prova, cinco instrutores e um médico. "Estes militares são suspeitos da prática de crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física", lê-se na nota. "Além dos sete visados pelos mandados de detenção, o processo tem dois outros arguidos constituídos, também estes militares".
A PGR acrescenta que as investigações prosseguem, estando causa em factos susceptíveis de integrarem crimes de omissão de auxílio.
Os detidos vão ser interrogados já como arguidos e, depois, encaminhados para o estabelecimento prisional de Tomar, avança a SIC Notícias.
Dois militares morreram e vários outros receberam assistência hospitalar, a 4 de Setembro, durante o 127.º Curso de Comandos.
Além do processo de averiguações interno aberto pelo Exército, que ditou estes dois processos disciplinares, as mortes estão ainda a ser investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Militar.
Para além deste inquérito, decorre uma inspecção técnica extraordinária que incide sobre os referenciais do curso e o processo de selecção. Até estar concluída, está suspensa a realização de mais cursos.
De acordo com o Exército, depois de vários pedidos de desistência e eliminações, permanecem no 127.º Curso de Comandos 30 dos 67 formandos iniciais.
[Notícia actualizada às 11h42]