"Há sinais positivos” – Na área Metropolitana do Porto “vão ser dados os primeiros passos para constituir uma estratégia metropolitana para as pessoas em situação de sem abrigo". O Vereador da Coesão Social da Câmara do Porto revelou à Renascença que "há sinais positivos" para tentar construir uma estratégia metropolitana e adianta que essa estratégia deve "envolver também os grupos vulneráveis" porque "as situações de grande vulnerabilidade estão a aumentar", em particular devido às comunidades migrantes.
De acordo com Fernando Paulo está agendada para breve uma reunião “preliminar no âmbito do Conselho de Vereadores da Ação Social” para debater o assunto. E o responsável afirma que “já não chega definir uma estratégia em relação à situação das pessoas em situação de sem-abrigo” e defende a necessidade de se pensar o que fazer pelos “grupos vulneráveis para se atuar preventivamente, e para responder às situações à escala metropolitana porque as situações estão a aumentar”.
Fernando Paulo diz que Portugal precisa da comunidade migrante e declara-se a favor da politica de emigração, mas alerta para a necessidade de o Estado “criar condições de dignidade" para aqueles que acolhe. “Nós sabemos que demora 3 a 4 anos a legalizar as pessoas que estão em território nacional e sabemos também as dificuldades no acesso à habitação que se avolumam com a comunidade migrante, porque são mais pessoas em situação de vulnerabilidade e muitas vezes com trabalho precário e cujos rendimentos não lhe permitem aceder a uma habitação digna e é necessário convergir esforços para mobilizar mais meios e sobretudo é preciso habitação”, acrescenta.
Nestas declarações à Renascença, o Vereador Fernando Paulo adianta que os dados disponíveis apontam para “uma ligeira diminuição do número de pessoas em situação de sem abrigo”.
Ainda assim, o responsável refere que só “no final do ano vamos fazer um balanço mais rigoroso”.
A 31 de dezembro do ano passado, o Porto registava 647 pessoas em situação de sem-abrigo, menos 83 do que em 2021.