Metro do Porto começa a crescer em 2019, com a criação da Linha Rosa e o prolongamento da Linha Amarela, em Vila Nova de Gaia. Os trabalhos deverão ficar concluídas em 2022.
“Seguramente, em 2022 teremos mais 5,7 quilómetros de Metro do Porto e mais sete estações”, afirmou José Mendes, após a assinatura dos contratos de elaboração dos projectos.
De acordo com o secretário de Estado, a perspcetiva é ter os projectos das duas linhas concluídos “entre Outubro e Dezembro”, lançando então o concurso da empreitada, que se espera adjudicar “no início de 2019” para começar a obra “entre Abril e Junho” do mesmo ano”.
O secretário de Estado acrescentou que 24 meses é o prazo estimado para a construção da linha Rosa (G), que vai fazer a ligação entre São Bento, Cordoaria/Hospital de Santo António, Galiza/Centro Materno-Infantil e Casa da Música/Rotunda da Boavista, no Porto.
Quanto ao prolongamento a sul da Linha Amarela, compreende a ligação de Santo Ovídio a Vila d’Este, em Gaia, numa extensão de 3,2 quilómetros e incluindo três novas estações.
“Acredito que aos 145 milhões de passageiros que usaram em 2017 o sistema de bilhética Andante (5,4% de acréscimo na procura) e aos mais de 60 milhões transportados em 2017 pelo Metro possamos acrescentar mais bastantes mais viagens”, afirmou o secretário de Estado.
Segundo o governante, esta operação deve servir para transportar “mais 33 mil pessoas, o equivalente “a uma cidade média”.
“O transporte público em Portugal é absolutamente central, razão pela qual estamos também apostadíssimos nos apoios ao nível do tarifário e incentivos fiscais”, acrescentou José Mendes.
De acordo com os contratos hoje assinados, o projecto da Linha Rosa (G) foi adjudicado ao consórcio formado pela SENER, CJC e NSE, por 1,82 milhões de euros.
O prolongamento da Linha Amarela (D) foi adjudicado às empresas LCW, Amberg Engineering e GRID, por 1,47 milhões de euros.
A Metro do Porto assinou também o contrato para a elaboração das quatro estações subterrâneas da Linha Rosa.
O documento foi assinado pelo arquitecto Eduardo Souto Moura, que terá de desenhar três das estações (Rotunda da Boavista, Praça da Galiza e Carregal/Hospital de Santo António), ao passo que o arquitecto Siza Vieira terá a cargo a estação da Praça da Liberdade.
Souto Moura disse estar “mais preocupado” com a estação do jardim do Carregal”, argumentando: "Não queria cortar árvores”.
O arquitecto vincou que lhe agrada trabalhar para a Metro do Porto, porque “para além de resolver problemas de mobilidade, muda a cidade”.
“É um bom motivo para se fazer jardins, praças, para mudar os pavimentos ou a iluminação. É uma oportunidade única que, se não fosse o metro, não se fazia”, disse.
Souto Moura indicou ainda querer “estudar muito bem a resistência das estações”, porque as existentes “têm resistido muito bem a um uso brutal de milhares de pessoas”.
“Não estou muito preocupado com a estética. Estou mais preocupado em que metro do Porto continue a ter este aspecto limpo e agradável, o que demonstra que a população tem afectividade por ele”, notou.
O valor de referência para os projectos destas duas linhas era de 4,7 milhões de euros (2,6 milhões de euros para a Rosa e 2,1 milhões de euros para a Amarela), mas as propostas vencedoras totalizam menos 1,4 milhões, estando orçadas em cerca de 3,3 milhões de euros.