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A Caritas Internacional considera possível, embora “perigoso”, que o enviado do Papa à Ucrânia possa viajar até Kiev, pelo que alerta para a necessidade de ser criado um corredor seguro entre Lviv e a capital ucraniana.
À Renascença, o cardeal Konrad Krajewski, que se encontra na cidade de Lviv, manifestou a vontade de viajar até Kiev.
“Vou onde me for permitido e onde for convidado. Se quero ir a Kiev? Se for possível, sim”, afirmou o enviado do Papa Francisco, em entrevista à emissora católica portuguesa.
Ouvido também pela Renascença, John Coughlin, especialista de emergências da Cáritas Internacional, considera que, a concretizar-se, essa viagem terá se ser muito bem organizada, aludindo à dificuldade em negociar corredores humanitários.
"Tem de se organizar muito bem este tipo de viagem. É muito perigoso e é importante a negociação de todo o caminho de Lviv para Kiev, para assegurar que todos os atores estão conscientes de que temos uma pessoa em viagem”, refere, lembrando que a mesma situação coloca-se com as pessoas que estão a tentar fugir.
“Estamos a ver que estes corredores humanitários são bastante complexos e difíceis de negociar e, depois, de respeitar. Então, é muito importante que este corredor para levar o cardeal de Lviv para Kiev seja muito seguro", alerta, o especialista.
Para evidenciar esta dificuldade em fazer prevalecer os corredores humanitários e o cessar fogo, o responsável da Cáritas Internacional recorda os acontecimentos desta quarta-feira, em Mariupol, onde a maternidade local foi alvo de um ataque.
"Temos visto o caso de Mariupol. Espero que as negociações que estão a acontecer hoje façam com que tenhamos um cessar-fogo para podermos transitar e ir até um posto mais seguro”, afirma John Coughlin, que pede oração para, “como diz o Santo Padre, não esquecermos a humanidade".
Declarações de John Coughlin, especialista de emergências da Cáritas Internacional que vai poder ouvir, na íntegra, numa entrevista à Renascença e à Agência Ecclesia, no domingo, depois das 10h30.